Milo

A idade de consentimento é um conceito estritamente legal, fluido e variável com os tempos, modas, culturas e regiões. Repudiamos a pedofilia mas mais veementemente repudiamos a histeria. E defendemos o Milo

Para um auto-intitulado extremista, Milo Yannopoulos – figura que prezo – revolve permanentemente e salvo pontuais arrojadas actuações cómicas, no senso comum. Desta vez não foi excepção. As plateias que se deixam impressionar pela sexualidade dos trezeanistas ou estão esquecidos dos seus treze anos ou tiveram uma puberdade bastante aborrecida. Como os anos não me tiraram uma memória exímia limito-me a subscrever a observação: a actividade sexual nestas idades é ocorrente, nalguns meios, recorrente mas apenas raramente decorrente de violação. Constate-se aliás que a variabilidade da idade de consentimento (na Tailândia e na Coreia do Sul, um homem adulto pode legalmente dormir com uma rapariga de doze anos; Na China, uma mulher, pode-se envolver com uma criança de dez) demonstra como se o conceito de pedofilia varia de acordo com a legislação em vigor no território em que ocorre (à semelhança do que acontece com a violação cuja amplitude sueca levaria a que os nossos daygamers estivessem todos no chilindró), então a prática – considerada tema tabu mesmo quando praticada no nosso território (um antigo e respeitadíssimo bastonário da ordem dos advogados iniciou a sua relação com a companheira de quase 4 décadas quando esta tinha apenas 14 anos e ele 21 – é crime!) – é passível de discussão, ainda que para ser firmemente rejeitada. Afinal Milo fez apenas aquilo que pautou toda a sua carreira – promover as discussões que outros tentaram silenciar.
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Milo começou a ter sexo aos 13 anos: O drama, o horror (a inveja?!). Mencionou, à semelhança do biográfico romance de Vladimir Nabokov, a factualidade da pederastia. Na Grécia antiga, existia essencialmente entre homens e rapazes novos numa lógica dinástica, iniciática, sucessória. É ver o percurso do pedófilo Português Carlos Silvino, o menino abusado que cresceu e abusou meninos, recordar Padre António Vieira quando escreveu “não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos” ou ainda o músico Sam the Kid em Realidade UrbanaÉ um ciclo, o do boss e do discípulo”. Quando de tempos a tempos um jornalista desocupado dedica páginas a reportagens sobre a média etária noctívaga Lisboeta aquém da legislada, não se dedica a investigar a noite gay, onde de facto os mais novos são demasiado novos. O controlo é impossível mas a sua ausência produz Yannopoulos’.

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Há mais miúdos de 13 anos neste espaço do que em muitas turmas do 8º ano

Abel Matos Santos, Professor de Sexologia Clínica na universidade Católica Portuguesa, tem defendido que a homossexualidade se tornou ritual de aceitação e integração entre as gerações influenciadas pela legislação queer, equivalente ao cigarro doutros dias. Não se trata dos mais novos se apresentarem estatisticamente mais afim à homossexualidade, trata-se de emularem o comportamento gay a fim de se inserirem num grupo de pares ou numa posição moralmente superior na alucinada escala de privilégio popularizada nos States. De se gingarem no meio para altear o ego e terem, sem as dificuldades inerentes aos congéneres que optaram pelo caminho das pedras, sexo. Trata-se de uma escola, um sistema político, uma sociedade que lhes enaltece a coragem por se ajoelharem diante dos caprichos sexuais dos homens mais velhos. E trata-se de muitos adultos cenagosos, longe das incertezas púberes ou da necessidade de aprovação adolescente, se aproveitarem dos miúdos.

Isto é insano

Junto dos conservadores tradicionalistas que se recusam a fazer representar por um homossexual assumido ou procurado atacar indirectamente Donald Trump, em concertação com a iniciativa do cuckservative John Mccain, as reacções foram abjectas. Matt Lewis sente-se repugnado pela homossexualidade do britânico e a organização do CPAC desconvidou-o da palestra introdutória que daria no evento deste ano. Até em Portugal, Maria João Marques se apressou a condenar a “boçalidade” do poster-boy porque também se sente intimidada com uma Direita  espalhafatosa, ao invés de comedida e silenciosa como aquela que a jornalista aprova. Por sua vez, a Esquerda hypersexualizada pareceu com Milo regressar a 1961, quando Júlio Fogaça foi removido da liderança do PCP por conduta homossexual. No The Guardian cavalgaram a onda persecutória  “bem vos avisámos que quem denuncia a transsexualidade não pode ser boa gente” e Jason Wilson, autor de Burst your Bubble, abre brechas no consenso conservador em torno de Millo.  A discrepância de tratamento para com George Takei, esquerdista, quem proferiu palavras idênticas, é confrangedora.

Mesmo depois de anos difundindo a superioridade moral de vários fetichismos: o role-play (homens que dizem que são mulheres), o exibicionismo (nudismo é um eufemismo), a poligamia (poliamor é um eufemismo), a sodomia e de outras parafilias. Crianças? Não seria inédito. Daniel Cohn-Bendit defendeu-a abertamente durante o Maio de ’68, movimento que utilizava “Jouissez sans entraves” – desfrutar sem entraves – como slogan político (Nota: Jouissez vem do verbo Jouier que significa “gozar”, sexualmente). Enquanto mayor de Burlington, Bernie Sanders promoveu a nudez infantil na via pública e o toque genital (no próprio? na criança?) como cura para a pornografia. Em nove regiões Alemãs, o livro Körper, Liebe, Doktorspiele – Ein Ratgeber für Eltern zur kindlichen Sexualentwicklung (Corpo, Amor, Jogos de Doutor – Guia de Pais para filhos sobre desenvolvimento sexual) difundido pelo Bundeszentrale für gesundheitliche Aufklärung (Centro federal para o ensino da saúde) na Alemanha e na Suíça, incentiva os Pais a tocarem na genitália das filhas como forma de estreitar os laços parentais.

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A verdadeira face do Maio de ’68

Não será de estranhar que a questão venha a surgir num futuro próximo em seguimento à aceitação das relações homossexuais, visto que alguns países (Índia, Tajiquistão, Uzbequistão, China), provavelmente em atendimento à questão que mencionei dois parágrafos acima, diferenciam a idade de consentimento mediante a orientação sexual, considerando-se ser necessário uma idade superior para consentir sexo homossexual face à contraparte. Por outro lado, já se difundem relatos sobre bons pedófilos, pessoas cuja circunstância nata, deverá ser compreendida, aceite e depois auxiliada. Depois de pedir que as idades de consentimento para as relações homossexuais sejam niveladas pelo valor das heteró – por baixo – a Esquerda, face aos indivíduos que não conseguem deixar de desejar estuprar crianças, pedirá a redução de todas as idades de consentimento. Um congresso de especialistas em Cambridge concluiu que a pedofilia é normal para a maioria dos homens. Em França, um conjunto de autores, gay e activistas de Esquerda (Jean Danet, Michel Foucault, Guy Hocquenghem) organizaram uma petição nos anos 80 para reduzir a idade legal para a cópula. Para isso serve a educação sexual, imposta sem escutar as famílias ou, mais importante, os alunos.

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Há ainda um lado algo infantil, básico, em torno do caso que me perturba. Nos dias da Casa Pia, a resposta da esquerda às acusações pendentes sobre Paulo Pedroso (Ferro, Gama e outros) foi a de acusar os ministros Valente de Oliveira, Luís Filipe Pereira e Paulo Portas de crimes semelhantes. Durante a campanha presidencial americana, o pizzagate apresentou dois membros do staff democrata (os irmãos Podestra) como pedófilos satânicos ao que este parece ser um contra-ataque já que Milo foi um fervoroso apoiante de Trump. Mas porque razão se fala tanto em pedofilia por entre os interstícios da política, em vez de se discutirem – ideia radical – políticas? (também existem políticas pedófilas, mas não abordaremos essas). Apesar de ser um crime hediondo, esta reacção intestinal impulsiona que a temática venha ao de cima porque destrói adversários eleitorais ao esforço de um clique e a infantohisteria impede qualquer discussão racional do tema. No seu espaço de comentário, Alex Jones refere “será assim que os poderes nos irão silenciar, acusando-nos de sermos pedófilos quando não o somos”.

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Salvo se apoiarmos políticas pedófilas, devíamos tirar a pedofilia da política

Vítima de pedofilia em negação ou talvez sofrendo o síndrome de Estocolmo – a sua relação com o padre aos 13 anos definiu mais da sua sexualidade do que qualquer gene –  o que é certo é que em momento algum Milo defendeu a prática pedófila.  Porque está a ser condenado? Porque está a ser profissionalmente prejudicado, com o contracto do seu último livro cancelado pela editora Simon & Schuster e porque razão se demitiu do Breitbart News? Talvez seja pelas ideias que defende – Rush Limbaught graceja em como, na barricada oposta e congregadas boas razões para a vitimização, Milo estaria sendo convidado para apresentar os óscares. Se a perseguição fosse política, assemelhar-se-ia a um remake do encerramento do alternativeright, assustadora, com os inimigos de Milo quem fracassaram ao tentarem silenciá-lo em Berkley , recorrendo ao mais baixo dos truques para o denegrir, a pura calúnia. A associação de Milo à pedofilia é indiscutivelmente uma FakeNew. Deve ser silenciada?

Mas talvez esta perseguição advenha precisamente da conotação leviana, despreocupada, indiferente à pedofilia que o vitimou. São apresentadas diariamente milhões de queixas por assédio, micro-assédio, colocados trigger warnings para proteger uma geração quem pensa que ser cortejado na rua é uma invasão do espaço pessoal.  Mulheres que nunca foram vítimas de violação nem sofrem o risco, perseguem a rape culture em que dizem viver imbuídas. Inventaram o crime de assédio, cuja subjectividade galardoa ao queixoso a suficiência da prova. Só que este homem, este rapaz, foi sexualmente abusado aos 13 anos por alguém em quem tinha a maior confiança e em vez de o alardear para promover complexos de culpa e sobressair à conta do seu próprio sofrimento, prefere brincar com o assunto, como se o horror a que foi submetido nada o afectasse. Não exigiu um safe-space, não perseguiu o malfeitor, não destruiu a vida a ninguém. Não levantou debates públicos nem exigiu legislação persecutória. Projectos-lei como o da criminalização do Piropo caem por terra face à confissão de Milo: O rapaz que sobreviveu. Podemos parar de sobrevalorizar as consequências de uma violação?

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Uma geração de vítimas

Eu admiro o polémico, provocativo, degenerado, insultuoso, irónico, o judeu nazi, o gay homofóbico, o fascista que exige liberdade de expressão, o racista que dorme com pretos, o anti-feminista que acredita na igualdade de género, o conservador que convoca a juventude e é repudiado pelos mais velhos, o islamofóbico que namorou um muçulmano, o insolente, carismático, convicto, humorístico, e certeiro Milo Yannopoulos. E depois de ouvir dezenas de horas de locuções suas, não consigo encontrar uma única ideia errada nas suas palavras. Enquanto fenómeno, pôs a descoberto inúmeras ideias preconcebidas, do male privillege à urgência feminista.  Subscrevo a autora – Este rapaz fala a verdade e é perseguido. Estaremos mesmo do lado certo?

Mantenho o mote que utilizei há semanas. A seu lado, #FreeMilo

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