Os meios de comunicação, os políticos trendy e as forças globalistas orquestraram uma campanha para sexualizar o debate público. Prejudicou-nos em todas as más decisões que nos impôs; prejudicou-nos em todas as boas decisões que nos recusou.
Um estudo norte-americano declara que, apesar de 11 % já ter passado por uma experiência física, psicológica ou emocional gay, apenas 3.8 % (menos 7.2) da população Americana se assume LGBT (e demais letras do alfabeto). Conscientes de que a extrapolação desta percentagem implica assumir que a homossexualidade decorre de factores endógenos ou não exclusivamente culturais – tese que n’A Távola Redonda rejeitamos liminarmente – Vamos assumir para efeitos contextuais que 3.8 % dos Portugueses são também homossexuais, bissexuais, transgénicos e esquisitices afim. Vamos também olvidar que a extensão destas originalidades a uma população indiscriminada implica atribuía-la às crianças, integrantes da população. Claro que ninguém quer associar a homossexualidade à pedófilia nem achamos que seja a mesma coisa; mas se o vosso homossexual diz que nasceu homossexual, cresceu homossexual e já era homossexual antes da idade de consentimento…
3.8 % de panascas, são 393 mil portugueses rabetas. Significa que os maricas representam menos de um quarto do que os Estudantes Portugueses. Significa que os bichonas representam menos de um nono dos pensionistas Portugueses. Em cada 14 pagadores de impostos, apenas um é boiola.
Dizem os liberais que existem demasiados funcionários públicos em Portugal. São duas vezes mais do que os mariconços. Assim como os trabalhadores industriais, suplantados pelos trabalhadores comerciais. Há tantos empregados na construção como larilas mas, infelizmente, ligeiramente são mais os veados do que os agricultores- como poderia não o ser depois dos sucessivos governos terem destruído o sector?
Há quase cinco vezes mais cidadãos Portugueses a viver abaixo da linha da pobreza do que a atracar de popa. Quase três vezes mais cidadãos Portugueses incapazes de encontrar um emprego do que a embrulhar o palhacinho. Quase sete vezes mais Portugueses emigraram do que aqueles que mordem a almofada.
E se a Cristina quisesse realmente enfrentar um preconceito, em vez de ilustrar a paneleiragem na capa, exporia os 36 % de concidadãos que vivem no Portugal rural. Dez vezes mais do que os rabilós.

Como chegámos a este ponto?
A comunidade LGBT dos dias contemporâneos tem direitos inéditos: Podem coadoptar, envolver-se numa mega estrutura colectiva de dimensão global, integrar associações e organismos com meios financeiros significativos, usufruir de tecnologia funcional para exercer a sua homossexualidade (Comparem lá o Grinder ao Tinder) e, claro, tem a representação política dum Lobby que, suplantando os 64 mortos de Pedrógão, consegue mandar Chefes do Estado Maior para a rua. Nos antípodas estão os heterossexuais que perdem os filhos nos tribunais, são incapazes de se organizar em torno da sua sexualidade, que se vêm enclausurados por um globalismo desinteressado das premissas da respectiva identidade colectiva, vítimas das ineficiências do mercado sexual e com cada vez menos força nas estruturas de representação. O estilo de vida debochado dos gay é endeusado na comunicação social mas quando optam antinomicamente por mimetizar a estabilidade hetero, o seu matrimónio é louvado como uma realização política, progressista e libertária; Paralelamente o livre conduto da heterossexualidade é vilanizado – Os homens sexuais são imaturos e as mulheres sexuais são galdérias – mas a sua opção casamenteira apresentada como bacoca e bafienta, despromovida pela instantaneidade do divórcio. A sociedade censura e repudia os tipos que confundem panascas e pedrastas mas quando uma mulher inicia um texto por equiparar heterossexuais a violadores, ninguém lhe dá resposta. Nunca ninguém defende os homens heterossexuais. Nem aqueles que foram violados.

Mas acima de tudo, a comunidade gay usufrui de um capital de atenção absolutamente inacessível a qualquer outro grupo minoritário, sub-representativo, excessivamente heterogéneo para deter relevância sociológica.
Quando me dedico a escrever um texto, ignoro a televisão. Quando me foco na televisão, não atento na janela. E se fixar nas movimentações na madrugada da minha rua, não posso escrever simultaneamente. A atenção é um bem-escasso. O movimento de atenção é pois passível de estudo económico, obedecendo às leis que governam o dinheiro ou os meios de produção.
À medida que a produção material expande os limites do seu alcance acima das necessidades de consumo, a atenção sobrepõe-se ao dinheiro enquanto moeda de troca. Instrumentos como o facebook permitem já a compra de atenção, remunerando a rede social pelo número de utilizadores aleatórios que atentam um post. Como numa transacção financeira, numa compra, o movimento individual do bem entre dois agentes económicos parece simples e displicente, mas para compreender a tendência de milhões de indivíduos em torno do mesmo bem, devemos empregar alguma atenção. E quando a tendência desses indivíduos ilustra o deslocamento de atenção? Mas enquanto o dinheiro se produz e os bens de consumo parecem não cessar, a nossa capacidade de foco, de concentração, vítimas dos milhões de chamarizes em nosso torno, está a diminuir. Colectivamente, estamos menos capazes de prestar atenção
Causas Fracturantes
Os anos 90 viram o decrescer da participação política das massas. Talvez a explosão do capitalismo global tenha diminuído o ímpeto activista, satisfeitos que estavam os eleitores com a recém-adquirida capacidade aquisitiva. Mas esse capitalismo vem ladeado de Marketing, um instrumento desenhado para dispersar o consumidor. Os telefones moveis, a internet, a internet nos telefones móveis, alienou gradualmente esse eleitor, mentalmente perdido entre o Tinder e o instagram. Como encontrar tempo para analisar um projecto-lei se mal o encontra para conviver com pessoas de verdade?

A política – gestão colectiva da polis (cidade ou comunidade) – consome demasiada atenção para o cidadão médio. Passou assim a subsistir de casos, soundbytes e causas fracturantes pois todas as três, por alternativa à verdadeira política, requerem uma quantidade infinitésima de atenção.
Defendo/Oponho-me participativamente à legalização do aborto, da eutanásia ou da marijuana. Isso é um problema?
Provavelmente é. Independentemente da resposta.
Durante as últimas duas décadas estes temas foram sucessivamente impostos à agenda como politicamente relevantes, aliás, fulcrais, aliás, definidores da orientação dos eleitorados e centrais à tomada de decisões. Mas na verdade, a larguíssima maioria da sociedade, passa incólume às alterações políticas mencionadas, independentemente da direcção em que rumem. Estas disputas ficcionadas, encomendadas, pré-fabricadas, são irrelevantes para maioria dos cidadãos. São debates de consumo instantâneo, decisão bipartida, resposta superficial e imediata; carecem aprofundamento, pesquisa, cálculo orçamental, ponderação material; São de colagem fácil e nalguns permite-nos falar de sexo, coisa que somos ensinados a fazer a todo o tempo. Permitiram a agremiação em torno dos grandes blocos que representam os inúmeros “sins” e “nãos” bipartindo os votantes em posicionamentos unilaterais, espelhando uma coordenação dos protagonistas que é incompatível com a produção efectiva de material político. Participar nestas causas não correspondem à feitura política. São irrelevantes para a polis.

Nestas décadas têm extrapolado e definido a orientação política com base nas respostas dicotómicas, como se o posicionamento individual se encontrasse como o de uma espécie na chave de Lineu. Incontáveis cidadãos, provavelmente jovens, se uniram a organizações e partidos com cujos princípios em nada concordava, movido apenas por uma cruz entre dois quadrados numa quezília respeitante a uma minoria desinteressante. Mas basta atentar em Milo, o activista ultraconservador cuja homossexualidade não o situou em nenhum combate liberal, ou em Jack Donnovan, um dos mais radicais altrighters Americanos declaradamente homossexual, ou numa assembleia geral da Associação Causa Real, com um rácio de roto per capita superior ao de qualquer noite no Trumps, incluindo o pretendente ao trono, Duarte Pio de Bragança, para compreender o alheamento dos próprios homossexuais face às peleias que lhes querem atribuir. Amantes da força, da virilidade, da autoridade, do patriarcado, os homens gay são antropologicamente de Direita – provem-no em políticos como Paulo Portas, Mesquita Nunes, Miguel Frasquilho, Poiares Maduro, Paulo Rangel, Nobre Guedes e (dizem) Marcelo.
Fracturados
A concentração de atenção mediática sobre as causas fracturantes prejudicou tremendamente a sociedade contemporânea, com a bipolarização dos eleitorados e a exclusão no debate público dos temas que interessam a todos. O efeito preverso dessa segmentação foi evidenciar o metâmero derrotado qual, politicamente sub-representado, socialmente sub-mobilizado, perde todas as batalhas “sociais” quer na Assembleia quer na rua. Mas essa derrota não fica por aí.
Por razões culturais, religiosas e tradicionais – é compreensível que uma parte significativa da população desdenhe a opção de ser gay. Entenda-se tradição segundo a definição de Hayek, enquanto a colectânea ancestral de conhecimento empírico agregado por incontáveis gerações antecessoras. Aos descendentes de uma aldeia carente de mão-de-obra, o índividuo que escolhe a infertilidade, que permuta a constituição de família pelo ludismo hedonista, é desconsiderado porque prejudica todos os circundantes, incapaz de outorgar descendência aos progenitores ou garantir apoio na velhice. Estas razões não são hoje rebatidas contra a construção de um Estado-Social, mas apelidadas por fascistas, homofóbicas, ultrapassadas. Entenda-se que a falência do Estado Social deve-se primeiramente ao decréscimo populacional, mas como querem que as populações contribuam para a natalidade Europeia se as empurram para a homossexualidade?
Este troço expressivo de cidadãos desconfortáveis com a minoria gay e o poder que alcançou, é hoje vítima de uma discriminação atroz – são derrotadas da história e desprezadas como o último refúgio de velhos preconceitos, nomeadamente o racismo e a homofobia ainda que numérica (eleitoralmente) superior aos pretos e aos paneleiros. O pior é a recusa terminante de qualquer tendência política os representar: A Esquerda porque os vilanizou enquanto mesquinhos adversários do progresso e a Direita, imbuída pelo espírito neoliberal, acusa-os de inadaptados à era vigente, acomodados no tempo, pouco empreendedores e inovadores. Mas como podem inovar se o mercado global os recusa, se a alta finança os ignora e se, incapazes de desfrutar do internacionalismo de Shengen à Amazon, se ensimesmam em bolhas psico-geográficas apartadas do mundo?
Preguiçosos para uns, reaccionários para outros. Como me disse o Prof. César das Neves, em Portugal, nenhum Partido defende os pobres.
Enganam-nos
O político habilidoso que era José Sócrates utilizava esta estratégia inúmeras vezes, lançando causas para o espaço mediático enquanto, nas costas, falia o nosso país. Por escassa, a atenção que os dirigentes dirigem à causa gay é atenção que recusam ao país real, votado ao abandono. Mas nessa desatenção permitimos que inúmeros políticos ganhassem prestígio e protagonismo graças a um não-assunto, minoritário e com uma base de apoio irrisória e contestável. Continuam no parlamento, continuam porta-vozes da insignificância, inventando gradualmente mais insignificâncias, sequestrando a nossa atenção. Ignorando os eleitores.
No dia que se seguiu a Pedrógão, fez-se aprovar a imposição de quotas de género nas empresas públicas. No dia que se seguiu ao roubo de Tancos, o maricão Miguel Vale de Almeida iniciou uma campanha para instituir quotas de identidade sexual nos órgãos de poder. Não sabe o tolo que se houvesse uma repercussão parlamentar da população nacional, os gay teriam menos deputados do que detém hoje, nem que tornaria obrigatórias – para cada candidato parlamentar – declarações, não de rendimentos, mas de opção sexual. Já todos sabemos que o senhor Professor é orgulhosamente picolho. Mas não queremos saber – ninguém quer.
Mais de nove milhões e novecentos mil Portugueses estão apartados dos noticiários, dos colectivos, dos clubes, das associações, dos festivais, das aplicações, das cátedras sociológicas e antropológicas, dos bancos do parlamento e de uma identidade sexual reconhecida como válida, funcional, salutar e benéfica para a sociedade. Estão também distantes das capas da Cristina. Estão condenados à desatenção. Mas longe das das câmaras burguesas, das câmaras televisivas, perceberam o ludibrio a que foram sujeitos e querem opor-se-lhe. Desejam ser ouvidos. Não nos ignorarão para sempre
Nos EUA os democratas perderam os votos dos operários blue-collar que historicamente agrupados em sindicados sempre foram votos da esquerda.
Em França, o partido socialista perdeu os de quase toda a gente ( acabando o candidato socialista com 6% dos votos na presidencial). Grande parte do eleitorado francês blue-collar agora vota Frente Nacional.
O que é que a esquerda fez em ambos os países? Em vez de apoiar, como ideologicamente é seu dever, os trabalhadores pobres, decidiu perder-se em causas feministas, de paneleiros e de travecos… abandonou os cidadãos nacionais para apoiar pretos que incendeiam carros nas ruas todas os dias e os islâmicos que se explodem e violam as populações nativas.
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A esquerdalha é escrota, e interessada em destruir a nossa civilização que tanto custou a construir
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Tens toda a razão. Estas organizações que se dizem igualitaristas antagonizam as franjas desfavorecidas da sociedade enquanto ladeiam a burguesia urbana – É o cumulo do autismo. É no que dá termos a Esquerda cheia de tarados.
Charles, tens também toda a razão. Mas deixo-te uma pergunta: Vamos deixá-los?
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