Como já foi referido anteriormente, O Patriarca é leitor assíduo das Capazes, pois tem um interesse mórbido em saber quais as últimas insanidades que aquela gaiola de loucas anda a tentar importar para o nosso querido jardim à beira mar plantado.
Qual não é o seu espanto quando encontra um artigo da autoria da Srª Dª Isabel “#estousozinhaporqueoshomenstemmedodemim” Moreira, confirmando o que a maioria das pessoas com uma mente razoavelmente equilibrada sabem: o feminismo esgotou-se há cerca de 30 anos, e desde então não é mais que um movimento de supremacia de género liderado por gajas mal paridas e mal fodidas a tentar tornar toda a gente tão infeliz quanto elas e sacar umas regalias extra pelo caminho.
O artigo fala por si, pelo que o melhor é mesmo ler. Quem não quiser dar tráfego ao ninho de harpias maldito, pode encontrá-lo transcrito na íntegra abaixo. Até porque se a criatura se aperceber do que escreveu ainda o apaga, portanto é melhor guardar as provas.
Resumindo: a megera, confrontada com a existência de mulheres que percebem a malignidade da ideologia em causa, faz uma lista de conquistas importantes que o feminismo fez em Portugal entre 1974 e 1990. Depois, talvez tendo um laivo de consciência, acrescenta dois itens que não têm nada a ver com o feminismo – a lei do pré-escolar em 97 e a lei da adopção e do casamento gay em 2010 – para ver se o deserto dos últimos 27 anos não se torna tão evidente.
Termina com uns conceitos vagos e/ou falsos como a desigualdade salarial, demonstrando assim o exposto acima: O FEMINISMO É CANCRO DESDE 1990. Podem fechar a porta.
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CARTA ABERTA ÀS MULHERES QUE REJEITAM O FEMINISMO
No dia internacional das mulheres, ouvi várias mulheres na televisão, incluindo jornalistas, rejeitarem o dia em si e o feminismo. Dizia uma jornalista que tudo o que acaba em “ismo” lhe cheira a “extremismo”.
Não me surpreendem. Infelizmente, sabemos que falta identidade ao movimento feminista, sabemos que o sexismo não é exclusivo dos homens. Mas é evidente que se a falta de perceção da desigualdade de género nos afeta, ela afeta-nos com mais força quando é manifestada por mulheres.
Sempre que levo com uma mulher horrorizada com o feminismo tenho vontade de fazer uma lista dos direitos de que essa mesma mulher goza, desde os primeiros dos primeiros, conquistados por sufragistas e operárias, as “histéricas” que deram causa à instituição do “dia das mulheres”, já agora um dia político e não um dia dos namorados “versão dois”, carregado de flores.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1974 as mulheres pudessem finalmente aceder à magistratura.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1974 as mulheres pudessem finalmente aceder à diplomacia.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1974 se alterasse o Código Administrativo legalizando o acesso das mulheres a todos os cargos.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1976, fruto do trabalho da Comissão Feminina se concedesse a todas as trabalhadoras o direito a licença de 90 dias no período de maternidade (matéria que vem sendo sucessivamente aperfeiçoada).
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1976 fosse aprovada a Constituição democrática, consagrando a igualdade entre homens e mulheres, passando por vários domínios, como o domínio laboral ou o da maternidade.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1977 entrassem em vigor as alterações ao Código Civil, acabando-se, por exemplo, com a abjeta “autorização” do marido para exercermos as nossas profissões.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que fosse criada em 1979 a Comissão para a Igualdade e para o Emprego (CITE) junto do Ministério do Trabalho, que até hoje zela pelo cumprimento da obrigação constitucional e legal de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no emprego.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1980 as mulheres pudessem concorrer à PSP.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que na revisão constitucional de 1982 se consagrasse o conceito (e as consequências dele) de paternidade.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1984 fossem aprovadas as leis sobre a proteção da maternidade e da paternidade e a lei de bases da segurança social, matérias em que fomos evoluindo e assumindo compromissos internacionais, nomeadamente os decorrentes da OIT.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1990 as mulheres pudessem prestar serviço nos quadros de qualquer modalidade de armas e serviços do Exército.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1990 fosse criada a Comissão para a Igualdade de Género.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1990 começassem a surgir as resoluções concretas estabelecendo medidas concretas e ações prioritárias de promoção de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.
Foi de facto um “extremismo” lutar-se para que em 1997 fosse aprovada a lei quadro da educação pré-escolar.
Tem sido de facto um “extremismo” ver as evoluções legislativas, administrativas e práticas em todas estas matérias.
O “extremismo” denunciado por mulheres horrorizadas com o feminismo tem-lhes permitido beneficiar destas conquistas e de outras, como a lei da paridade ou, imagine-se, com a legalização da interrupção voluntária da gravidez. Essa conquista extremista permite às negadoras do feminismo (e bem) deixarem de ter de arriscar a vida se não desejarem continuar uma gravidez.
Entretanto, também podemos, todas e todos, adotar os filhos dos nossos companheiros ou companheiras, havendo ou não casamento (que é igualitário desde 2010), seja a relação heterossexual ou homossexual, podemos adotar uma criança com uma pessoa do mesmo sexo e podemos ser mães sem a tutela de um homem.
Não sei por onde andam estas mulheres, porque para além da falta de noção da história, não devem dar conta das disparidades e desigualdades salariais que persistem arrogantemente entre homens e mulheres; não devem dar conta de como as mulheres são sempre o elo mais fraco em épocas de crise económica e financeira; não devem dar conta de como os direitos laborais das mulheres continuam a ser pisados, de como nós somos sujeitas a entrevistas de emprego ilegais, de como nos perguntam acerca dos nossos planos de vida, de maternidade; não devem dar conta de como o assédio laboral é um cancro; não devem dar conta de como o assédio de rua é a prova (mesmo sendo crime) de como a sociedade ainda não interiorizou que o espaço público nos pertence; não devem dar conta de como somos violentamente escrutinadas e sujeitas a um padrão moral violento ao qual os homens são imunes; não devem dar conta de como os números relativos à violência no namoro e à violência doméstica são prova do modelo patriarcal enraizado contra o qual muitas de nós, feministas com memória e orgulho na palavra, lutamos.
Já se deram conta?
Ou andam pela vida a exercer os direitos que as feministas conquistaram (em nome do lema simples “igualdade de direitos”) sem dar mesmo, mas mesmo, por nada?
Agora parem e pensem: que seria de vocês sem o feminismo?
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